sábado, 19 de julho de 2014

“O Modelo dos Modelos e o aee”


Ítalo Calvino


Diz o romance no capítulo “O Modelo dos Modelos” que em uma época de sua vida Palomar tentou construir em sua mente o modelo mais lógico e o geométrico possível, com o objetivo de aplicá-lo à realidade. A partir daí fez correções para que realidade e modelo coincidissem, esse seria o procedimento correto, o mesmo que é usado por físicos e astrônomos.
Há uma impregnação do conhecimento cientifico em todo o âmbito da vida do sujeito, inclusive na ralação dele consigo mesmo e com sua interioridade. Assim como os demais autores que ele cita criticamente no discorrer da narração do texto, autores esses que defendem seu ponto de vista como verdade absoluta. Palomar pensou em construir um modelo de organismo social perfeito desenhado por retas, círculos, elipses, paralelogramos de forças.
Em sua obra o autor denuncia a invasão da ciência entre si, a exata no campo das ciências humanas com o objetivo de controle de poder do estado sobre a sociedade. Há também uma critica a repreensão e autoritarismo,  toda critica dessa obra veio se desenrolando dentro de uma evolução histórica frisando e comparando a idéia do que é a verdade de vários estudiosos como se tivéssemos obrigação de ter que engolir a verdade do outro.
Ao desenrolar da narração do texto vai se percebendo que houve uma quebra de paradigma ultrapassado com relação ao paradigma da atualidade, que comparando a obra para reflexão com o foco voltado na educação, nesta o modelo tradicionalista e toda pedagogia liberal, veio se rompendo e sendo substituída por um paradigma construtivista no qual o aluno é um sujeito ativo e participativo à respeito do contexto social.

O aee
Quando se foca o contexto educação. O modelo de educação atual é de possível transformação, adaptação, respeito às diferenças, compreensão das limitações, e respeito das especificidades e singularidades de cada aluno. No contexto do AEE, o texto de Ítalo Calvino nos leva a uma reflexão em busca do real sentido ao papel do professor em não se prender por um modelo de plano único para todos os seus alunos, pois cada criança com deficiência numa sala de recurso para o atendimento educacional especializado deve ter seu plano elaborado de acordo com suas especificidades e limitações e com o objetivo de desenvolver competências e habilidades desses alunos.  

domingo, 20 de abril de 2014

SURDOCEGUEIRA E DMU



SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MULTIPLAS QUAL DA DIFERENÇA?

Definição da Surdocegueira

Denomina-se surdocego àquele que possui dificuldades visuais e auditivas, independentemente da sua quantidade. “Uma pessoa que tenha deficiências visuais e auditivas de um grau de tal importância, que esta dupla perda sensorial cause problemas de aprendizagem, de conduta e afete suas possibilidades de trabalho, é denominada urdocega”. OLSON, Stig, Surdocegueira. Apresentação na “A surdez: um mundo de encontro”, Santa Fé de Bogotá, 1995.
A surdocegueira é uma deficiência única e especial que requer métodos de comunicação especiais, para viver com as funções da vida cotidiana. (BEST Tony Information Guide,definições de surdocegueira usadas em outros países. Documento sem editar).
A surdocegueira é uma limitação que se caracteriza por:
- Sérios problemas relacionados com a comunicação com o meio.
- Sérios problemas relacionados com a orientação no meio.
- Sérios problemas relacionados à obtenção de informação. (McINES, John Programming for congenital and early adventitios deafblind adults).

 Tipos de Surdocegueira
A surdocegueira pode ser:
Congênita
Adquirida
CONGÊNITA: Denomina-se surdocego congênito quem nasce com esta única deficiência, como por exemplo pela rubéola adquirida no ventre da mãe.

ADQUIRIDA: A surdocegueira adquirida é quando a pessoa nasce ouvinte, vidente, surda ou cega e adquire, por diferentes fatores, a surdocegueira.

McInnes (1999) relata que muitos indivíduos com surdocegueira congênita ou que a adquiram precocemente têm deficiências associadas como: físicas e intelectuais. Estas quatro categorias podem ser agrupadas em Surdocegos congênitos ou Surdocegos Adquiridos. E dependendo da idade em que a surdocegueira se estabeleceu pode-se classificá-la em Surdocegos Pré-lingüísticos ou Surdocegos Pós-lingüísticos.

 Mc Innes (1999) refere sobre a aprendizagem de pessoas com surdocegueira: indivíduos com surdocegueira demonstram dificuldade em observar, compreender e imitar o comportamento de membros da família ou de outros que venha entrar em contato, devido à combinação das perdas visuais e auditivas que apresentam. São importantes estratégias de intervenção para o estabelecimento da comunicação com a criança com surdocegueira.

É necessário incentivar e ensinar a pessoa com surdocegueira à de como usar sua visão e audição residuais, assim como outros sentidos remanescentes, provendo-as de informações sensoriais necessárias que suscitem sua curiosidade.


DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que "têm mais de uma deficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social" (MEC/SEESP, 2002).
As características específicas apresentadas pelas pessoas com deficiência múltipla lançam desafios à escola e aos profissionais que com elas trabalham no que diz respeito à elaboração de situações de aprendizagem a serem desenvolvidas para que sejam alcançados resultados positivos ao longo do processo de inclusão. Esses alunos constituem um grupo com características específicas e peculiares e, consequentemente, com necessidades únicas. Por isso, faz-se necessário dar atenção a dois aspectos importantes: a cominicação e o posicionamento.

 Comunicação
Definição
A comunicação entre os seres humanos é um processo interpessoal por meio do qual se estabelecem vínculos com os outros; esta relação é estabelecida de diferentes maneiras e, segundo as possibilidades comunicativas de cada um, pode acontecer com movimentos do
corpo, utilizando objetos do ambiente ou desenvolvendo um código linguístico.
O uso de objetos reais é uma possibilidade que consiste em interpretar uma atividade, ação ou situação por meio de um objeto, que adquire um valor simbólico. Por meio do uso dos objetos, a criança pode compreender e expressar as intenções comunicativas.
Nas crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla, a COMUNCIAÇÃO é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.

NECESSIDADES ESPECÍFICAS DAS PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA E COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
Para que a pessoa possa se auto perceber e perceber o mundo exterior, devemos buscar a sua verticalidade, o equilíbrio postural, a articulação e a harmonização de seus movimentos; a autonomia em deslocamentos e movimentos; o perfeiçoamento das coordenações viso motora, motora global e fina; e o desenvolvimento da força muscular.
 As pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla, que não apresentam graves problemas motores, precisam aprender a usar as duas mãos. Isso para servir como tentativa de minorar as eventuais estereotipias motoras e pela necessidade do uso de ambas para o desenvolvimento de um sistema estruturado de comunicação. Devido às dificuldades fonoarticulatórias, motoras ou mesmo neurológicas, é comum nessas pessoas algum tipo de limitação na comunicação e no processamento e elaboração das informações recolhidas do seu entorno. Isso pode resultar em prejuízos no processo de
simbolização das experiências vividas, por acarretar carência de sentido para as mesmas.
Prioritariamente deve-se, portanto, disponibilizar recursos para favorecer a aquisição da linguagem estruturada no registro simbólico, tanto verbal quanto em outros registros, como o gestual, por exemplo.
Mesmo quando a deficiência predominante não é na área intelectual, todo trabalho com o aluno com deficiência múltipla e com surdocegueira implica em constante interação com o meio ambiente. Este processo interacional é prejudicado quando as informações sensoriais e a organização do esquema corporal são deficitárias. Prever a estimulação e a organização desses meios de interação com o mundo deve fazer parte do Plano de AEE.

Referências:

Coletânea UFC-MEC/2010; A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar-Fascículo 05: Surdo cegueira e Deficiência Multipla

COMUNICAÇÃO PARA PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA
Título original: Comunicación para Persona Sordociegas.
Autora: Ximena Serpa, Fonoaudióloga e Educadora de Pessoa com Surdocegueira.
Publicação: Instituto Nacional para Cegos - Bogotá –Colômbia - Ano 2002.
Título em Português - Comunicação para Pessoa com surdocegueira.
Tradução: Miriam Xavier de Oliveira (2004).
Revisão: Shirley Rodrigues Maia (2005).

domingo, 30 de março de 2014

EDUCAÇÃO DA PESSOA SURDA





EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ

De acordo com a conclusão de Lorena Kozlouski, baseado em vários autores contribuintes para educação da pessoa surda diz: “Dentro de uma perspectiva bilíngue, o surdo é visto como um indivíduo diferente e não deficiente. Suas potencialidades podem ser totalmente desenvolvidas desde que seus direitos linguísticos sejam respeitados. E deste direito linguísticos que trata o bilinguismo”.
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Decreto 5.625/05, respalda a educação das pessoas surdas, uma vez que estas pessoas sejam usuárias dessa língua respeitando-a  e tomando pra si de fato como sua língua materna, claramente se percebe que essas crianças se desenvolve com mais rapidez, diferenciando-se de outras pessoas surda que ainda estão entrelaçados a alguns métodos de comunicação que o faz ficarem presas à Deficiência Auditiva limitada sem uma forma clara de comunicação. A LIBRAS proporciona ao surdo apriore liberdade de comunicação, autonomia, identidade, melhor educação na sua totalidade e certamente inclusão social.
Na proposta de uma educação inclusiva para o estudante surdo, a elaboração do plano do AEE com adaptação, onde a LIBRAS é de suma importância e que rompe as barreiras que tais alunos encontra  encontram no processo do seu ensino/aprendizagem.
O AEE conforme DAMÁZIO (2007) envolve três momentos didático-pedagógico:
1.      AEE em LIBRAS: Neste o aluno constrói conceitos a respeito do conteúdo em estudo;
2.      AEE de LIBRAS: O aluno e o professor desenvolvem dialogo à respeito também da temática em estudo;
3.      AEE de Língua Portuguesa: O aluno recebe orientação da modalidade escrita para adquirir compreensão e fazer uso de acordo com as regras gramáticas.
Esses três momentos de atendimento são realizados pelo professor da sala de recurso, devendo ser em parceria com os professores da sala comum para viabilizarem um ambiente inclusivo de aprendizagem.

domingo, 8 de dezembro de 2013

ÁUDIODESCRIÇÃO



ÁUDIODESCRIÇÃO: PERMITINDO A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CINEMA, TEATRO E PROGRAMAS DE TELEVISÃO.

          A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que amplia o entendimento das pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, como: peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos tais como aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros, por meio de informação sonora.
       A audiodescrição é uma atividade de mediação linguística, uma modalidade de tradução intersemiótica, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.
 (Lívia Motta)

Como sugestão aos professores para trabalhar a hora do conto, além de cores sugiro o filme: O três porquinhos.
O filme inicialmente descrever as caracteristicas de cada porquinho e a cor da roupa de cada um.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL



ATIVIDADE PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

JOGO DE MEMÓRIA



Estimula:
Pensamento lógico, composição e decomposição de figuras, discriminação visual, atenção e concentração.
Descrição:
 Material feito em MDF com gravuras variadas (animais, plantas e por do sol) também pode ser confeccionado com papelão e figuras recortadas de livros ou revistas.
Desenvolvimento:
Desmontar e montar o jogo, compondo o desenho com seus pares.